O choro das arquibancadas do
Mineirão, ontem à tarde, anunciava que a Seleção Brasileira sofria sua maior
derrota em cem anos de uma história marcada por conquista e lendas do futebol
mundial. A vitória de 7 a 1 da Alemanha foi mais um aviso de que não somos mais
o melhor futebol do mundo, mas não pela ausência de bons jogadores e sim pela
incompetência de nossos dirigentes e treinadores já que enquanto as outra
equipes trabalham de forma árdua em busca do melhor e mais moderno futebol, nós
ficamos apenas olhando.
Primeiramente, a falta de
seriedade foi na escolha do treinador. Felipão acabara de rebaixar a equipe
centenária do Palmeiras e vinha de um campanha desastrosa no Chelsea, mas mesmo
assim foi promovido à treinador da Seleção. Como pode os seus péssimos
resultado serem premiados? Ele é um treinador ultrapassado, assim como boa
parte dos profissionais brasileiro desta área.
Já no comando da Seleção ele
apresentou um futebol que é estranho a tradição da Seleção Canarinho. O mundo
assistia os amistosos do Brasil e não conseguia ver no time de Felipão a equipe
do futebol-arte de outrora. O retrato fiel deste novo Brasil foi a chamada do
Marca da Espanha que afirmou que a nossa seleção chegou na semifinal da Copa
apresentando o antifutebol.
Só para se ter uma ideia, a nossa
Seleção foi a que fez mais faltas neste Mundial (107) e que levou mais cartões
amarelos (11). Números que nem a equipe de Dunga conseguiu. Em 2010 foram 78
faltas e 7 cartões amarelos, com um jogo a menos em relação a esta.
Não resta dúvidas que Felipão é
um péssimo profissional. O Brasil não fez uma partida boa sequer e a fragilidade
técnica ficava escancarada jogo após jogo. O meio-campo não funcionava, Fred
não participava do jogo, as laterais ficavam desprotegidas, enfim, o Brasil não
tinha um time, um conjunto, mas um amontoado de bons jogadores que decidiam o
jogo na qualidade individual. E o mais estranho: com tantos problemas o Brasil
foi a Seleção que teve mais folgas e um das que menos treinou. A preguiça
sucumbia diante do bom trabalho da Alemanha.
Claro que os jogadores tem sua
parcela de culpa, mas em menor escala. Perderam o foco do jogo e foram goleados.
Mas essa campanha desastrosa – e não apenas o jogo de ontem – pode ser
creditada no currículo de Felipão e dos dirigentes que montaram todo esse
trabalho. Júlio César ao final do jogo disse que é difícil explicar o
inexplicável, na verdade é impossível. Contudo explicar o que é fácil de se
compreender não requer muito trabalho mental. A CBF, se pensa em ser Hexa, tem
que mudar a filosofia de trabalho. Tem que mudar todo nosso futebol que a cada
ano vai ficado mais para trás por falta de trabalho. O caminho a ser seguido é
o profissionalismo sofisticado que colocou a Europa em posição de destaque para
que a terra de Pelé e Garrincha volte a ter o melhor futebol do mundo.
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