quarta-feira, 9 de julho de 2014

O tombo do Brasil foi do tamanho da incompetência de Felipão



O choro das arquibancadas do Mineirão, ontem à tarde, anunciava que a Seleção Brasileira sofria sua maior derrota em cem anos de uma história marcada por conquista e lendas do futebol mundial. A vitória de 7 a 1 da Alemanha foi mais um aviso de que não somos mais o melhor futebol do mundo, mas não pela ausência de bons jogadores e sim pela incompetência de nossos dirigentes e treinadores já que enquanto as outra equipes trabalham de forma árdua em busca do melhor e mais moderno futebol, nós ficamos apenas olhando.

Primeiramente, a falta de seriedade foi na escolha do treinador. Felipão acabara de rebaixar a equipe centenária do Palmeiras e vinha de um campanha desastrosa no Chelsea, mas mesmo assim foi promovido à treinador da Seleção. Como pode os seus péssimos resultado serem premiados? Ele é um treinador ultrapassado, assim como boa parte dos profissionais brasileiro desta área.

Já no comando da Seleção ele apresentou um futebol que é estranho a tradição da Seleção Canarinho. O mundo assistia os amistosos do Brasil e não conseguia ver no time de Felipão a equipe do futebol-arte de outrora. O retrato fiel deste novo Brasil foi a chamada do Marca da Espanha que afirmou que a nossa seleção chegou na semifinal da Copa apresentando o antifutebol.

Só para se ter uma ideia, a nossa Seleção foi a que fez mais faltas neste Mundial (107) e que levou mais cartões amarelos (11). Números que nem a equipe de Dunga conseguiu. Em 2010 foram 78 faltas e 7 cartões amarelos, com um jogo a menos em relação a esta.

Não resta dúvidas que Felipão é um péssimo profissional. O Brasil não fez uma partida boa sequer e a fragilidade técnica ficava escancarada jogo após jogo. O meio-campo não funcionava, Fred não participava do jogo, as laterais ficavam desprotegidas, enfim, o Brasil não tinha um time, um conjunto, mas um amontoado de bons jogadores que decidiam o jogo na qualidade individual. E o mais estranho: com tantos problemas o Brasil foi a Seleção que teve mais folgas e um das que menos treinou. A preguiça sucumbia diante do bom trabalho da Alemanha.


Claro que os jogadores tem sua parcela de culpa, mas em menor escala. Perderam o foco do jogo e foram goleados. Mas essa campanha desastrosa – e não apenas o jogo de ontem – pode ser creditada no currículo de Felipão e dos dirigentes que montaram todo esse trabalho. Júlio César ao final do jogo disse que é difícil explicar o inexplicável, na verdade é impossível. Contudo explicar o que é fácil de se compreender não requer muito trabalho mental. A CBF, se pensa em ser Hexa, tem que mudar a filosofia de trabalho. Tem que mudar todo nosso futebol que a cada ano vai ficado mais para trás por falta de trabalho. O caminho a ser seguido é o profissionalismo sofisticado que colocou a Europa em posição de destaque para que a terra de Pelé e Garrincha volte a ter o melhor futebol do mundo. 

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